sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

E mais um fim se aproxima

Quando era criança, lembro que comemorava a chegada do fim de semana. Estudava pela manhã  odiava acordar cedo no frio de São Paulo. Os sábados e domingos eram sempre animados, com passeios a parques de diversões, museus ou mesmo ficar em casa e brincar com meus irmãos sem preocupações maiores. Na adolescência, começo a preferir a semana. Morei anos em uma churrascaria (negócio da família) e os fins de semana eram muito barulhentos e com muito trabalho no estabelecimento. Não podia sair sem antes deixar tudo preparado... até acordar de madrugada por várias vezes acordava pra deixar tudo pronto e evitar confusão. Já adulta, fico entre preferir um ou outro, dependendo de como ia a vida.

Me apaixonei perdidamente... Os fins de semana tomaram um outro significado. Era o momento de me aventurar no amor, indo até onde ele estava e curtindo cada minuto. Eram dois dias apenas, mas que valiam por muitos! Ficávamos juntos durante as 48h do fim de semana.
Me mudei, juntamos as nossas escovas e criamos uma rotina. Os sete dias da semana eram incríveis. Mas os fins de semanas eram melhores, pois ficávamos em casa apenas na companhia um do outro. Ora saíamos, mas logo voltávamos pra casa... nosso refúgio! O melhor era comer fora, mas logo voltávamos e aqui ficávamos as 48h inteiras grudados, nus, passeando entre o sofá e a cama, dormindo até tarde e sendo feliz.

Nos separamos... Os dias ganharam outro significado. Angústia, ausência e solidão em qualquer dia da semana. Agora, me vejo triste pelo fim de semana que se inicia... Mais dois dias de profunda solidão. O mundo lá fora se enfeita de purpurina com o carnaval que está bem aí, mas nada me dá ânimo. Hoje recomeça mais uma saga de me encontrar nessa rotina sem graça. Acho que vou aproveitar e dormir bastante, pois o sono da gravidez me consome.

Mas começo a partir de agora a torcer pela chegada da semana, onde encontros acontecem e diálogos também.

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