quarta-feira, 1 de abril de 2020

Não, não é mentira!

Mas bem que poderia ser... Quem ouvir falar dos dias atuais no futuro, irá se espantar. Eu me espanto vivendo-os!!! O mundo enfrenta algo pesado no momento, uma epidemia em grande escala. Faz duas semanas que estou em isolamento, a famosa quarentena. Sem liberdade, sem trabalho, sem dinheiro, sem perspectivas futuras... Ser artista já é não ter perspectiva e na atual situação, o que será? Não sei. Não sei mesmo! Queria ter respostas, mas não as tenho.

E junta-se a essa confusão toda, a vida! Questões profundas e ainda presentes nos meus dias. Quando irão se resolver? Não sei. Temo nunca ter como resolver... Quatro anos... e nada! Só ranhuras que nunca se fecham. Cansada. Cansaço. Já falei que o trabalho me salva? Pois perdi essa bóia de sobrevivência por tempo indeterminado. E me afundo novamente em pensamentos antes adormecidos. Mas nada me consome, como antes.

E, nesse caos inteiro, uma luz, um respiro, um alento... Amor... Puro, verdadeiro e forte... Teodora. Chorei hoje quando me pediu para fazer-lhe carinho na cabeça. E agradeci a Deus por sua vida como nunca o fiz antes. Agradeci por esse presente na minha vida. Amor! E eu que sempre achei que sabia o que era amor... Experimente o afago de um filho e depois me diga.

Tudo servirá de aprendizado. O mundo estava doente, as pessoas doentes, até eu, estava doente. E precisou um vírus vir pra fazermos mudar. Ainda estamos no processo, temos muito chão. A caminhada ainda será árdua, mas acredito e anseio por dias de vitória. De todos os lados.