sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Kaleo!

Um mosaico de vários sorrisos... Qual meu preferido? Todos!!!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Se Você Morresse, Mas você não morre...



E agora, José?

A festa acabou, 
A luz apagou,



O povo sumiu, 
A noite esfriou,




E agora, José?
E agora, você?


Você que é sem nome, Que zomba dos outros,
Você que faz versos, Que ama, protesta?
E agora, José?



Está sem mulher, Está sem carinho,


Está sem discurso, Já não pode beber,
Já não pode fumar, Cuspir já não pode,
A noite esfriou, O dia não veio,
O bonde não veio, O riso não veio
Não veio a utopia E tudo acabou
E tudo fugiu E tudo mofou,
E agora, José?




Sua doce palavra, Seu instante de febre,


Sua gula e jejum, Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro, Seu terno de vidro,
Sua incoerência, Seu ódio - e agora?

Com a chave na mão, Quer abrir a porta,
Não existe porta;Quer morrer no mar,
Mas o mar secou; Quer ir para minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse, Se você gemesse,
Se você tocasse, A valsa vienense,
Se você dormisse, Se você cansasse,
Se você morresse... Mas você não morre,
Você é duro, josé!

Sozinho no escuro Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia, Sem parede nua
Para se encostar, Sem cavalo preto
Que fuja a galope, Você marcha, José!
José, para onde?





*Cenas do esquete 'Sem Título' durante o 1º Festival Luizianne Não foi ao Teatro, realizado em frente a Prefeitura - Paço Municipal no dia 03/12/10.