domingo, 5 de março de 2017

Toda dor

 Meu corpo dói de uma saudade sufocante... ainda, de novo, mais uma vez, sempre. Talvez seja uma saudade do que não virá. Meus pulmões estão cheios de uma falta enorme. Meu sangue não mais vermelho é, pois a solidão levou toda a cor. Meu coração, ah, pobre coração, descompassado, pesado, endurecido, cascudo, paralisado. Espinhos penetram a minha cabeça, o meu juízo, minha sanidade. Meus sentidos se apagaram... não há cor, nem cheiro, nem sabor, não há nada! Estou morrendo aos poucos, ainda, de novo, mais uma vez, sempre.

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