quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Doce Rotina

"A gente sempre acha que sabe das coisas, mas não sabemos é de nada!". Sempre repito essa frase desde que engravidei. Ainda não sei o que é ser mãe. Estou aprendendo. Tinha uma ideia, vendo minhas irmãs e mulheres ao meu redor. Uma ideia. A gente lê muita coisa, teorias, dicas, ouve conselhos, mas nada se compara! Queria poder escrever o que sinto em relação a isso, mas não dá. É impossível! Só sei sentir. De início é estranho. Tudo é estranho e desconectado. Aquela pessoa que depende vinte e quatro horas de você e você nem ao menos conhece. O primeiro dia de uma rotina de mãe é quase desesperador –"O que fazer agora? E depois? E amanhã?", eu me perguntava olhando pros lados. Detalhe: primeiro dia sozinha! Mas deu certo. Me fortaleci com isso.

Ontem foi um dia lindo. Dez horas de trabalho, juntas. No fim de tudo, a abracei fortemente e segurei o choro, de cansaço, de pena dela por ter ficado esse tempo todo naquela agitação e principalmente, de ter voltado a sentir a emoção de trabalhar com que amo. Teatro. Agradeci a ela por ter sido tão maravilhosa e compreensiva. Aquela será a nossa rotina dali por diante. Palco, bastidor, camarim. Juntas. A amei mais ainda. Ficamos grudadinhas o resto da noite.

Hoje não foi diferente: dia agitado. Eu, cansada, finalmente ia me deliciar com um prato de comida quentinho. Ela chora. Nem toco o prato e corro pra abraçá-la. Assim fico até ela se acalmar. A comida? Deixa pra depois! Ela é minha vida, ela é quem importa. E eu? Sou uma mãe boba que aprende dia a dia o real sentido da palavra amor. Amanhã acordaremos juntinhas pra iniciar mais um dia lindo.

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